Tia de jovem grávida morta em acidente com ambulância faz relato emocionante

Tragédia na BR-364 interrompe sonho de jovem grávida e deixa quatro mortos

As causas do acidente ainda estão sob investigação.

A expectativa pela chegada de um novo membro na família é, para muitos, um dos momentos mais emocionantes da vida. Em muitas famílias brasileiras, especialmente nas do interior, a chegada de um primeiro bisneto é motivo de celebração e união entre gerações. Mas, infelizmente, o que era para ser uma jornada de esperança acabou em uma tragédia irreparável.

Na madrugada desta sexta-feira, um grave acidente na BR-364, nas proximidades de Candeias do Jamari (RO), tirou a vida de quatro pessoas, incluindo Fernanda Lino Santos, de 19 anos, que estava grávida de seu primeiro filho, João Henrique. Fernanda seguia para uma consulta médica em Porto Velho, acompanhada de sua tia, Silvana Ferreira Lino Rocha, de 40 anos, quando a ambulância em que estavam colidiu frontalmente com uma carreta carregada de soja.

Além das duas, também perderam a vida o motorista da ambulância, José Florêncio, e a médica Laura Maria Possa, que fazia parte da equipe de remoção. A única sobrevivente do veículo foi a enfermeira Thaiza Costa, que foi socorrida com ferimentos e encaminhada para o Pronto-Socorro João Paulo II, sendo transferida posteriormente para uma unidade especializada.

O motorista da carreta, natural de Ji-Paraná, foi retirado dos destroços em estado crítico e permanece internado sob cuidados intensivos. A comoção gerada pelo acidente repercutiu em todo o estado, especialmente nas instituições ligadas às vítimas. A Agência Idaron, onde Silvana trabalhava, emitiu nota lamentando profundamente a perda de sua colaboradora.

Tragédias como essa escancaram a vulnerabilidade de quem depende de transporte por longas distâncias para acessar serviços básicos de saúde. Rodovias em más condições, aliadas à alta circulação de veículos pesados, tornam trechos como a BR-364 um verdadeiro campo minado para motoristas e passageiros.

A perda de Fernanda e seu bebê é particularmente comovente por simbolizar o fim abrupto de uma vida que estava apenas começando. A dor atravessa gerações: os pais, os avós e os bisavós, que sonhavam com a chegada do pequeno João Henrique, agora lidam com a ausência dupla — da jovem mãe e do bebê que não chegou a nascer.

Mais do que uma comoção momentânea, a tragédia reforça a necessidade de políticas públicas eficazes voltadas à segurança viária e à interiorização dos serviços de saúde. Enquanto essas mudanças não ocorrem, famílias continuarão expostas a riscos desnecessários em busca de cuidados que deveriam estar mais próximos de casa.

Em meio à dor, a solidariedade de amigos, vizinhos e desconhecidos se tornou um alento para os familiares. Velórios e homenagens estão sendo organizados pelas comunidades locais, em um gesto coletivo de luto e carinho por todos que se foram. A memória dessas vidas não pode ser esquecida — e sua partida deve nos lembrar do que ainda precisa ser feito para evitar novas perdas.

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