Trabalhador de 57 anos perde a vida em acidente durante obra em Igreja em SC

Trabalhador morre após ser atingido por viga durante obra em igreja em Criciúma

Um grave acidente de trabalho tirou a vida de um operário de 57 anos na tarde desta quarta-feira, 2 de julho, no bairro Linha Batista, em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. A tragédia ocorreu durante a construção de uma igreja, quando uma viga de concreto caiu sobre a vítima após a queda de uma carga de tijolos.

Segundo informações preliminares, a carga estava sendo movimentada por um caminhão guindaste por volta das 14h40. Os paletes com os tijolos teriam se desprendido repentinamente, provocando o colapso da estrutura que sustentava a viga. O trabalhador foi atingido em cheio e morreu no local, sem chances de ser socorrido.

O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Científica foram acionados e atuaram no isolamento da área e na remoção do corpo. Um segundo funcionário que estava na obra escapou ileso. A vítima ainda não teve seu nome oficialmente divulgado, e o caso está sob investigação da Polícia Civil.

De acordo com o sargento Juliano Coelho, responsável pelo atendimento da ocorrência, o impacto do material foi tão forte que chegou a soterrar a vítima completamente. A perícia técnica trabalha com as hipóteses de falha mecânica no guindaste ou erro humano durante a operação de descarga da carga.

Até o momento, não há confirmação sobre o vínculo empregatício da vítima nem sobre a empresa responsável pela condução da obra. O caso também será acompanhado por órgãos de fiscalização do trabalho, como o Ministério do Trabalho e Emprego, que devem verificar eventuais irregularidades nas condições operacionais da construção.

A morte do trabalhador reacende o debate sobre a fragilidade das condições de segurança no setor da construção civil, um dos que mais registram acidentes fatais no Brasil. Mesmo com normas estabelecidas, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a obrigatoriedade de treinamentos, ainda há falhas graves na execução e fiscalização de obras, especialmente em estruturas temporárias ou em crescimento acelerado.

Amigos e colegas do trabalhador, consternados com o ocorrido, relataram que ele era experiente e cumpridor das normas. A tragédia, porém, evidencia que, em muitos casos, a dedicação individual não é suficiente para evitar desastres quando há falhas no sistema de segurança coletiva e no planejamento logístico das operações de carga e descarga.

O velório da vítima deve ocorrer após a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML). A comunidade local, abalada com o acidente, pede por justiça e medidas urgentes para evitar que tragédias como essa voltem a se repetir em ambientes de trabalho. A apuração das responsabilidades será fundamental para que a morte do operário não seja apenas mais uma estatística.

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