Menina de 12 anos sequestrada em Sepetiba e mantida em cárcere privado em São Luís, embarcou de volta para o Rio de Janeiro
De acordo com Lindalva Leonardo, membro do Conselho Tutelar da região da Vila Luizão, a menina que havia sido encontrada na periferia de São Luís estava sob sua responsabilidade desde então. Recentemente, a criança foi entregue a seu pai, juntamente com uma policial que acompanhou a transferência.
Segundo Lindalva, durante o período em que esteve sob os cuidados do Conselho Tutelar, a menina recebeu todo o suporte necessário, incluindo atendimento psicológico e exames médicos. “Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance em São Luís. A Casa da Mulher Brasileira também nos auxiliou em todo o processo. Desde que recebemos a denúncia, não a deixamos desassistida”, afirmou.
Alessandro Santana, pai da menina, embarcou em um voo na quarta-feira (15) com o objetivo de buscar a filha, que esteve abrigada na Casa da Mulher Brasileira.Conforme a polícia, Eduardo da Silva, de 25 anos, teria sido o responsável por levar a menina do Rio de Janeiro até São Luís. Segundo as autoridades, o trajeto foi percorrido de carro, em uma viagem de 3.100 km que teria durado pelo menos dois dias. A corrida teria sido solicitada por aplicativo de transporte individual, com custo de R$ 4 mil.
As investigações ainda estão em andamento e a polícia está apurando se a corrida foi combinada previamente ou se foi contratada através do aplicativo.De acordo com as investigações, Eduardo da Silva teria ficado com o celular da vítima durante o sequestro e entregado a ela um novo aparelho, equipado com um aplicativo de espionagem. O objetivo desse plano, segundo o delegado Marconi Matos, era controlar a adolescente.
O suspeito foi preso na capital maranhense e participou do programa Encontro nesta quinta-feira (16), onde o delegado relatou detalhes sobre o caso. As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os fatos relacionados ao sequestro da adolescente.
O delegado Marconi Matos, responsável pela prisão de Eduardo da Silva no Maranhão, informou que durante o sequestro da adolescente, o suspeito teria entregado um celular mais moderno e caro a ela, enquanto ficou com o celular anterior da vítima. Essa atitude teria sido tomada com o intuito de monitorar as mensagens que a jovem trocava com outras pessoas e ter um controle sobre a situação.
Segundo o delegado, a polícia fechou o perímetro e realizou um trabalho de investigação em cada estabelecimento, o que permitiu a identificação e prisão do suspeito. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso.
De acordo com o delegado Marconi Matos, Eduardo da Silva tinha acesso a todas as conversas e contatos da adolescente por meio do outro celular que ficou em sua posse, fazendo com que a jovem se sentisse constrangida em se comunicar com outras pessoas. O suspeito teria instalado um aplicativo espião no novo celular que entregou à vítima, possibilitando o monitoramento de todas as suas atividades.
Entretanto, na última sexta-feira (10), Eduardo usou o Wi-Fi de uma loja na região da Divineia, na periferia de São Luís, para fazer o pagamento das roupas que havia comprado para a adolescente. Nesse momento, a vítima aproveitou a oportunidade para enviar uma mensagem à irmã pelo Instagram, o que ajudou a polícia a localizá-la na última terça-feira (14). O trabalho conjunto das autoridades permitiu a recuperação da jovem e a prisão do suspeito.
De acordo com a delegada Ellen Souto, responsável pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros, a menor conseguiu acessar o Instagram utilizando a senha de alguém e enviou uma mensagem para a irmã informando que estava em uma quitinete, mas não sabia explicar onde estava localizada. A garota estava desaparecida desde o dia 6, mas foi encontrada e levada ao Conselho Tutelar. O suspeito, que trabalhava em um açougue, foi preso em flagrante.
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